A limpeza é o soltar
Chega um momento em que não dá mais, que estamos saturados, esgotados, estamos cheios de cursos, técnicas, rituais e práticas que tem a promessa de nos levar para o estado de paz ou nos aproximar da iluminação.
Nesse momento até os termos usados como iluminação, por exemplo, ficam difíceis de serem usados, muito em virtude de estarmos cansados de ouvir eles de maneira deturpada e associados a vivência de uma vida em constante paz e serenidade depois da “iluminação“.
Mas esse não é o único motivo da limpeza ser necessária. Para que o despertar aconteça e/ou se firme é necessário a limpeza de pensamentos, crenças, “verdades” sobre quem somos e sobre a vida, comportamentos, dependências, carências, projeções e de toda a estrutura que sustenta a ilusão.
Saber disso a nível mental, da compreensão, não é o suficiente, assim como tudo na jornada de despertar, é necessário saber disso na vivência prática, passo a passo, camada após camada.
Ter iniciado essa limpeza além da compreensão mental, que nada tem a ver com exclusão ou eliminação, mas sim com soltura, com liberação e com permissão, foi uma das etapas mais exigentes da minha jornada de despertar até aqui. Exigiu decisão, confiança, entrega e sobretudo cor-agem!
Ah como foi bom ter iniciado esse processo, abriu-se aqui um espaço para que a leveza, a fluidez e a clareza pudessem aparecer e transitar.
Foi depois disso que a energia criativa mostrou a sua cor por aqui, antes ela não tinha espaço, não conseguia ser expressa por mim. A forma era rígida demais, padronizada demais, condicionada demais, era formatada.
Junto com a energia criativa veio a nova alegria em servir. Foi quando eu comecei a experimentar uma sensação diferente com relação ao meu trabalho. Deixou de ser apenas trabalho e passou a ser um servir, e eu não estou romantizando o processo, estou dizendo que de fato eu passei a servir (vir a ser) por meio da minha entrega, onde eu podia expressar com menos amarras e mais liberdade, o que estava sendo criado, àquilo que emergia a partir de quem eu sou, a partir do que estava pronto para ser comunicado, sem precisar passar pelo crivo da personalidade perfeccionista para ser aprovada.
A limpeza é necessária. É necessário abrir espaço, mesmo que dê medo. Esse medo também está sendo criado a partir da estrutura de ilusão, afinal de contas, quem está com medo de ir embora?
Quem você é permanece depois da limpeza. Coragem!
༄ Aline Potratz
Saiba mais sobre a Jornada Terapêutica
Todos nós experimentamos um corpo-mente com tendências, preferências, memórias, significados e emoções predominantes, ou seja, com in-forma-ações que muitas vezes são o gatilho do sofrimento humano. A Jornada Terapêutica tem como propósito te apoiar no processo de reconhecer, integrar e dissolver essas in-forma-ações que aguardam por resolução e repouso no Ser.
O programa é sustentado por três pilares metodológicos: o trabalho da Criança Interior, o campo das Constelações Sistêmicas e a sabedoria do Eneagrama; e facilitado pela terapeuta certificada na abordagem Spontaneum, Aline Potratz.
“Há décadas e décadas temos acreditado que o objetivo primordial da terapia é o auto aprimoramento e melhoramento pessoal. Na Spontaneum, no entanto, este trabalho é conduzido a partir de outra premissa: você já é o Amor e a Paz que busca, apenas se esqueceu disso por ter se identificado com histórias e dores pessoais – o que é absolutamente natural que aconteça. Logo, um processo terapêutico serve para preparar a mente para o re-conhecimento daquilo que você já É. Compreenda: essa jornada de autoconhecimento não é sobre tornar-se algo ou alguém, mas sobre re-conhecer o que você já É.”
— Tatiane Guedes
Tag:despertar, iluminação, limpeza, soltar